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Projeto Pró Banana Verde e IPEN -  Juntos na Pesquisa Científica  

FOTOS 

A  Nutricionista do IPEN - Instituto de Pesquisas Nucleares Dra. Magda Sinigallia Taipina Mestre em Nutrição e Especializada em Radiação de Alimentos,  realizou um trabalho científico de Análise Sensorial com suco de fruta adicionado da Biomassa da Banana Verde, desenvolvido por Heloísa de Freitas Valle, criadora do Projeto Banana Verde .

O Evento aconteceu nos dias 30 e 31 de outubro de 2002,  no IPEN que fica na Cidade Universitária Butantã em São Paulo.

Heloísa de Freitas Valle esteve presente no dia 30 de outubro quando apresentou algumas degustações de receitas feitas com a banana verde.

O IPen fica na Avenida Lineu Prestes 400  USP Cidade Universitária -SP fone  11 3816-9121 (Dra. Magda).

Análise Sensorial de um Suco de Frutas enriquecido com a Biomassa da Banana Verde cozida  

A banana (Musa spp.) é uma das frutas mais consumidas no mundo, sendo cultivada na maioria dos países tropicais.

Sua produção mundial atingiu cerca de 48 milhões de toneladas em 1991, destacando-se o Brasil como o 2º país produtor (Carraro e Cunha, 1994). Entretanto, essa elevada produção é acompanhada por um elevado índice de perdas pós-colheita, em torno de 50%. Para minimizar essas perdas, tem-se estudado várias forma de aproveitar os frutos excedentes ou impróprios para o consumo “in natura”, algumas já encontradas no mercado, como a banana passa, banana chips, bananada e até balas de banana (Cordenunsi et al, 1998).

Diversos cultivares de banana, produzidos por meio do melhoramento genético, foram lançados no mercado consumidor. Estes cultivares têm características agronômicas conhecidas, mas a sua composição química não.

A banana verde possui de 12 a 20% de amido que é degradado durante o amadurecimento, com concomitante acúmulo de açúcares solúveis, com predominância da sacarose sobre as hexoses (frutose e glicose). Com base nesse elevado teor de amido, a viabilidade do emprego dos frutos excedentes como fonte de amido, mostra-se interessante na indústria alimentícia (Cordenunsi et al, 1998).

Carson (1971) estudou as propriedades funcionais do amido isolado da polpa de banana verde e da farinha da polpa de frutos verdes e verificou que a polpa seca, finamente moída, apresenta propriedades semelhantes as do amido isolado, surgindo desta forma a possibilidade de utilizar a banana na forma de farinha, o que permitiria o uso das frutas rejeitadas para a venda in natura.

A classificação tradicional de Linneu (1990) do subgênero  Eumusa, admitida apenas historicamente, compreendia as seguintes espécies:

Musa cavendishi: nanica, nanicão;

-     Musa sapientum: marmelo, ouro, prata, maça, branca, caru-roxa,  caru-verde, São Tomé, Santa-Maria;

-     Musa paradislaca: terra, farta-velhaco;

-     Musa corniculata: pacová.

As variedades mais cultivadas no Brasil e que são base de quase toda a fruta comercializada  e da exportação, são a nanica e nanicão (Moreira, 1987).

A composição da banana sofre algumas modificações no decorrer do amadurecimento, como pode ser visto na tabela 1.

Tabela 1: Composição química aproximada da banana em 100g de matéria: 

 

Calorias

Glicídeos (g)

Proteínas (g)

Lipídeos (g)

Ca (mg)

P (mg)

Banana

Madura

122 (p/g)

28,70

1,4

0,2

8

35

Banana

Verde

95 (p/g)

22

1,3

0,2

21

26

                           Fonte: Franco, 2002.

A banana verde é fonte de vitaminas e sais minerais, além desses micronutrientes, contém o amido resistente ou seja a soma do amido e produtos de sua degradação que não são absorvidos no intestino delgado de indivíduos saudáveis (Lajolo, et al, 2001).

A fruta verde possui um teor de sólidos totais superior ao da banana madura, fato este devido a absorção de água da casca pela polpa, decorrente da diferença de pressão osmótica, aumentando assim a porcentagem de umidade na polpa da banana madura (Instituto de Tecnologia de Alimentos, 1990).

Como parte do processo de verificação da aceitação da biomassa da banana verde cozida, foi realizado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares nos dias 30  31/10 com aproximadamente 60 servidores, uma análise sensorial (ABNT, 1993) de um suco de manga (citrosul), com a biomassa da banana verde cozida, com escala hedônica relativo ao  gostar e desgostar.     

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 ANÁLISE sensorial dos alimentos e bebidas -Terminologia-NBR12806. São Paulo: ABNT, 1993.

CARSON, E. M. Functional properties of  banana starch.1971. Tese (Masters of Science).Garcia, E.; Lajolo, FM.Starch tranformation during banana ripening: the amylase and glucosidade behavior. J .Food Sci., v.53, n. 4, p.1181-1186, 1998.

CORDENUNSI, B.R.; MENEZES E.W.; MOTA, R.V.;  LAJOL0, F. M. Composição em carboidratos em banana verde  e madura em diferentes cultivares. In: CONFERENCIA INTERNACIONAL DEALMIDÓN, Set. 1998. Equador. Anais...

FRANCO, G. Tabela de composição química dos alimentos . S.P: Atheneu, 2002. p.71-72

INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS, Banana, Campinas: [s.l.] 1990 (Série Frutas Tropicais, n. 03).

LAJOLO, F.M.; CALIXTO F.S.; PENNA, E.W.; MENEZES, E.W de. Fibra dietética  em iberoamérica:tecnologia Y salud. São Paulo: Varela, 2001. p.433 –443.

MOREIRA, R.S. Banana: teoria e prática de cultivo.[S.l.]: Fundação Cargil, 1987.

Os Autores: 

Msc. Magda Sinigallia Taipina

Formada pela Faculdade de Ciências da Saúde São Camilo em Nutrição, especializada na Administração do Serviço de Nutrição e Dietética e Mestre em Ciências, na área de Tecnologia Nuclear – Aplicações.

 

Eliana Tedeschi

Estudante de Nutrição e Integrante do Projeto de Iniciação Científica da Universidade Anhembi Morumbi. 

 

Msc. Victor Haim Cohen

Bacharel em Química 1976 pela UFRJ - Universidade Federal do  Rio Janeiro

Mestre em Ciências pela  USP -Universidade de São Paulo 1990

Chefe da Divisão de Benefícios do Ipen-CNEN/SP

 

Msc. Jussara Carvalho de Moura Della Torre

Engenharia de alimentos e Pesquisadora Cientifica do Instituto Adolfo Lutz

Maria Auxiliadora de Brito Rodas

Quimica Industrial especializada em Saúde Pública.

Engenharia de alimentos e Pesquisadora Cientifica do Instituto Adolfo Lutz

Dra Nélida Lucia Del Mastro

Bacharel em Química

Dra em Bioquimica pelo Instituto de Química da  USP .

Pesquisadora e consultora do Centro de Tecnologia das Radiações.

Dra e orientadora do curso de pós graduação do Ipen.

Representante Brasileira do Grupo Consultivo Internacional de Alimentos Irradiados (FAO OMS) de 1993 a 2001.